Tuesday, February 09, 2010

Rosa De Luca: Arte Vida Minas Gerais





Rosa De Luca lança o livro

Arte Vida Minas Gerais





dia 18 de março na Livraria da Vila Shopping Cidade Jardim
Prefácio de Aécio Neves e Bruna Lombardi




“Neste debruçar sobre Minas, tenho certeza de que,


de alguma forma, os brasileiros se descobrirão nela.”


Aécio Neves




A fotografa Rosa de Luca lança o livro Arte Vida Minas Gerais, dia 18 de março, quinta-feira, na Livraria da Vila do Shopping Cidade Jardim. O prefácio é assinado pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves, e a pela atriz Bruna Lombardi.



O livro mostra imagens da viagem feita pela fotografa a partir de Belo Horizonte. Foram escolhidos três percursos que resultaram nas imagens publicadas no livro, o segundo de uma série que se iniciou com registros no sul da Bahia.



Nas páginas, Rosa de Luca registra a rara beleza natural dos garimpos e cachoeiras (Serra do Cipó, Conceição do Mato Dentro, Carrancas), os diferentes extratos de história, das pinturas rupestres de Barão de Cocais ao patrimônio colonial (Diamantina, Ouro Preto, Mariana, Congonhas do Campo, São João Del Rei, Catas Altas e Tiradentes), buscando sempre os principais núcleos de arte e artesanato (Bichinho, Prados e o Vale do Jequitinhonha).








Arte Vida Minas Gerais
Lançamento: 18 de março, quinta-feira, das 19:30 às 21:30,


na Livraria da Vila do Shopping Cidade Jardim



Edição: bilingue/ingles/portugues
Paginas: 240 cor
Preço: R$ 100,00
ISBN 97885898545739788589854573
Editora Allestrade
http://www.allestrade.com.br
Patrocinador: União Química Farmac. Nacional S/A









“Assim como as pedras preciosas escondem seu brilho dentro, Minas Gerais esconde infinitos tesouros, que vão se mostrando aos poucos a todos aqueles que a descobrem. Essa sensação de que Minas é pra dentro vem de sua própria natureza, da extraordinária beleza de seu interior. Dessa atmosfera onde todo amor é sagrado.Aqui se respira o mistério. Aqui a gente se interioriza. E sente a presença de Deus.




O olhar perdido no horizonte nem alcança. O silêncio parece que atravessa séculos. Atravessa grandes extensões, cavernas e cachoeiras, serras, nascentes, o percurso de grandes rios. Atravessa a mata, o cerrado, o sertão. O silêncio atravessa paredes de casas caiadas, igrejas barrocas, vilas coloniais. A Travessia. O Tempo. Uma lição de fé. A arte atravessa esse lugar como o vento que bate nas folhas das árvores. E ficam marcas da história em cada esquina.




Esse silêncio mineiro diz tudo. Ele vem da sabedoria. Dentro dele tem tudo o que precisa ser dito. E se você prestar atenção, dentro do silêncio você vai ouvir música. Vai escutar novenas, cantos gregorianos, poesia. Dentro do silêncio o sopro da prosa. Alguém sussurra toda essa bela literatura.


Revelam-se histórias de família. Segredos antigos. Lendas.Vai ouvir os cascos dos cavalos, o homem no cavalo tocando o gado, os meninos. O canto das mulheres. Parece que nesse silêncio tem sempre alguém cantando. Mil tons. Tem estórias de assombração ao pé da fogueira, tem uns causos que se contam ao pé do fogão. Tem causo de tudo nesse mundo de Deus. E tome café com leite, pão, uma branquinha, dois dedos de prosa e umas mentiras, que ninguém é de ferro, uai! Eta trem bom! Deveria se dar muito mais valor para esse tipo de saber.




Guimarães Rosa dizia: "O silencio é a gente mesmo, demais".
E foi na solidão do silêncio que a fotógrafa Rosa de Luca foi descobrindo esses tesouros escondidos dessa Minas Gerais. Tentou captar essa grandeza nas imagens e em seus significados espontâneos. E também descobriu que "o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia". Ela fez sua travessia. E transformou sua jornada, como dizia Carlos Drummond de Andrade "num retrato pendurado na parede". Ou em muitos retratos nesse belo livro Arte Vida Minas Gerais.

Minas é uma experiência de espiritualidade. Ser mineiro é uma espécie de encantamento. Você pode deixar Minas, mas ela nunca te deixa. Você vai embora e a carrega consigo. E onde quer que você vá, Minas continua dentro de você. Minas é um lugar que fica dentro pra sempre.


Bruna Lombardi









Minas, todas elas




Disse, certa vez, que nós mineiros nos fizemos da argila humana de todo o Brasil. Formamos a nossa sociedade quando, no Norte, no Nordeste e no Sul, já havia o Brasil litorâneo, o Brasil que se estendia no colar de cidades, do Grão Pará à Colônia do Sacramento, na margem do Prata – início do povoamento do Continente de São Pedro do Rio Grande.




É dessa humanidade, rica e múltipla, que viemos. Por isso, cada uma das muitas Minas de que nos fala Guimarães Rosa é também um Brasil.




O Nordeste seco, sofrido e impressionantemente lindo e verdadeiro está fincado ao Norte e nos Vales. São Paulo sinaliza ao Sul e no Triângulo, que também compartilha o Centro-Oeste; o Rio toca a Mata... E, assim, o país se encontra em Minas...




Talvez, por isso, nos toque tanto o sentimento nacional, arraigado, provinciano na sua melhor expressão, como nenhum outro.




As montanhas nos remetem para dentro. Dentro e fundo, nas palavras do nosso mais fiel escritor.




Os cerrados, em inacabadas planícies, ampliam os horizontes e nos permitem antever o porvir.




Nas cidades históricas, com as suas ruas de pedra, estão intactas, bem guardadas, as histórias de heroísmo e brasilidade, iluminadas pelo nosso primeiro compromisso, que é, e sempre será, com a liberdade. Elas nos trazem, todo o tempo, para o início de tudo, e seus sinos nos embalam, apontando o caminho e o rumo, não importa a encruzilhada.


Minas é uma coletânea extensa e preciosa de paradoxos entre metrópoles e pequenas cidades; pujança industrial e delicadezas artesanais; cultura adensada e legada por diferentes gerações de poetas, escritores, cientistas, líderes políticos de todas as estirpes, visionários, cada um ao seu tempo... música dissonante que retumba, árida, da ladainha das procissões, das esquinas modernas, misturada à que ainda ecoa dos porões das fazendas, dos tambores estranhos e dos catopês.




Minas entorna das cachoeiras, verdeja pelos campos, corre pelos grandes rios, é alimento nos pomares. Adoça o ar, onde é cana. É mar, de tão grande, onde se perde em grãos... café... feijão... milho... mato.




Neste debruçar sobre Minas, tenho certeza de que, de alguma forma, os brasileiros se descobrirão nela.




Porque Minas é assim: traz em si as heranças e essências do que fomos e carrega, silenciosa, o que ousamos sonhar ser um dia.




Minas... sempre Minas.


Aécio Neves






Assessoria
Flavia & Cris Fusco
www.flaviafusco.com.br
11 3083.1250

0 Comments:

Post a Comment

<< Home