URBANO AVESSO
Mariana Tassinari
Din Musa
FBertarelli
RVilla
Maíra
Ramadinha
Urbano Avesso
FotoRio
Luciana Caravello Arte Contemporânea, Rio
Inauguração: 29 de junho de 2011, às 19h
Visitação pública: 30 de junho a 29 de julho de 2011
Curadoria: Daniela Labra
Luciana Caravello Arte Contemporânea apresenta a partir de 29 de junho a exposição “Urbano Avesso”, que integra a quinta edição do FotoRio. A curadoria é de Daniela Labra, que selecionou trabalhos de Leonardo Ramadinha, Maíra das Neves, Ricardo Villa, Felipe Bertarelli, Ding Musa e Mariana Tassinari, representados pela galeria, que exploram, na fotografia, “possibilidades visuais do imagético urbano”.
Daniela Labra explica que devido ao fato de se tratar de uma galeria de arte contemporânea e não de fotografia, ela primeiro identificou os trabalhos “que lidam com a fotografia como suporte, para discutir e comentar o mundo, o universo em que vivemos”. “Quando a imagem leva para outro ponto que está além da imagem, deixa de ser apenas fotografia e se insere no campo da arte contemporânea”.
“Eu já havia percebido, no conjunto dos artistas da galeria, uma inclinação temática para discutir a cidade, e quase todos os que usam a fotografia como meio vão focar nesse tema, falar do urbano de alguma maneira”, observa. “O título surgiu daí. O urbano avesso às convenções. Esse é o campo da arte, onde o artista tenta subverter determinadas posturas. Não se está discutindo o avesso como outro lado, mas sim o urbano captado pelo olhar desses artistas contemporâneos. São formas de abordar e olhar o objeto cidade”.
A seguir, Daniela Labra comenta os trabalhos dos seis artistas que estarão na exposição:
Leonardo Ramadinha [Rio, 1977] – Pesquisador e professor ligado ao Ateliê da Imagem, é um fotógrafo parte do rigor técnico para discutir a tradição fotográfica. Na medida em que utiliza frases e pensamentos, remetendo à ideia de álbum de família ou de viagens, intimista, o trabalho deixa de ser apenas fotografia e passa a se expandir para outro campo poético.
Maíra das Neves [São Paulo, 1978, vive e trabalha no Rio de Janeiro] – Ela discute a ideia de simulacro, a imagem da imagem, a partir da paisagem construída. Vai mostrar uma série de fotografias captadas de um monitor de tevê, com imagens de paisagens de neve construídas, em um jogo de snowboard de videogame, o SSX3 de Playstation 2. A artista conta que deixa de jogar e procura situações interessantes para o registro em foto, como uma turista. As imagens são feitas com a combinação de duas câmeras digitais, que dão um formato “panorâmico” a partir da colagem digital de duas imagens. O processo revela a precariedade da tecnologia, da mesma forma em que ela busca situações de erro na paisagem, onde fica aparente a estrutura do jogo. Essas fotografias foram feitas à época dos Jogos Panamericanos no Rio, em 2008, e foram ampliadas pela primeira vez para essa exposição.
Ricardo Villa [São Paulo, 1982] – O título da exposição cai como uma luva em seus trabalhos, pois ele vem pensando estratégias de conhecer e investigar a cidade que não se conhece, o underground. Com um passado de pichador e grafiteiro, ele vive o universo urbano com muita propriedade, e faz um trabalho diferenciado. Invade prédios abandonados, sujos e escuros, munido apenas de uma bateria de automóvel e luz fria. Ilumina o ambiente sem maquiagem, com essa luz estranha. O efeito é incômodo. É um trabalho quase que de intervenção.
Felipe Bertarelli [Ribeirão Preto, 1983, vive e trabalha em São Paulo] – Também um fotógrafo, meticuloso e com rigor técnico, ele utiliza câmera analógica e um filme 120 (negativo 6x6), que permite ampliação manual. Extrapolando a questão técnica, ele cria uma poética radical, com uma luz que remete ao cinema, e traz um estranhamento.
Ding Musa [São Paulo, 1979] – A partir de um apuro técnico, ele é um fotógrafo que vai explorar de maneira sutil o universo urbano, buscando ângulos e espaços não óbvios. Na exposição ele mostra uma série com registros de outdoors vazios, ou apenas suas estruturas, em estradas não determinadas. Por meio dessas imagens ele discute a interferência na paisagem.
Mariana Tassinari [São Paulo em 1980] – Ela usa elementos gráficos sobre a imagem, faz uma intervenção gráfica na fotografia. Ela vai mostrar uma série de 2011, que nunca havia sido ampliada. Enfocando mais a questão arquitetônica, ela retira a carga subjetiva, e todos os comentários sociopolíticos. Ela limpa todo esse teor mais politizado, e faz uma imagem asséptica, e é aí que aparece um estranhamento, muito bem resolvido plasticamente. Ela trabalha a forma, e não o conteúdo. A cidade traz um sem-fim de referências, e ela se fixa na construção plástica. Uma abordagem justamente ao contrário do Ricardo Villa.
FotoRio
O FotoRio – Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro – , tem como objetivo valorizar a fotografia como bem cultural, dando visibilidade aos grandes acervos e coleções públicas e privadas e à produção fotográfica contemporânea brasileira e estrangeira, através de exposições, projeções e intervenções urbanas, cursos, seminários, oficinas, mesas-redondas, palestras e conferências. Nossa intenção é destacar, através de um evento de porte internacional, a importância da fotografia na comunicação e na vida social contemporânea, buscando atingir um público ainda maior que o freqüentador de museus e apreciador da arte fotográfica, levando a fotografia ao alcance de todos.
O FotoRio é um movimento de fotógrafos que tem como proposta atuar como agente aglutinador, estimulando a exposição e discussão de trabalhos históricos e contemporâneos da fotográfica brasileira e internacional. O FotoRio é não apenas uma vitrine para a produção fotográfica brasileira e internacional, mas sobretudo, um espaço de promoção de cultura visual, que resgata o papel de vanguarda da cidade do Rio de Janeiro como referência da fotografia no continente.
No plano internacional, o FotoRio já nasceu integrado ao Festival da Luz, rede criada por fotógrafos, colecionadores e estudiosos da fotografia em todo o mundo. Atualmente, o Festival da Luz conta com dezenas de eventos espalhados pelas principais cidades do mundo, entre as quais Mois de la Photo (Paris - França), Fotofest (Houston - USA), Encuentros Abiertos de Fotografia (Buenos Aires - Argentina), PhotoEspaña (Madrid - Espanha), Fotoseptiembre (México) e Fototage Herten (Colônia – Alemanha).
Serviço: FotoRio – Urbano Avesso
Abertura: 29 de junho de 2011, às 19h
Visitação pública: 30 de junho a 29 de julho de 2011
Curadoria: Daniela Labra
Luciana Caravello Arte Contemporânea
De segunda a sábado, das 10h às 19h Sábado das 11h às 14h
Rua Barão de Jaguaribe 387
Rio de Janeiro, Brazil, 22421-000
2523.4696
http://www.lucianacaravello.com.br
Mais informações: CW&A Comunicação
Claudia Noronha / Marcos Noronha
21 2286.7926 e 3285.8687
claudia@cwea.com.br / marcos@cwea.com.br
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