Caio Reisewitz - Parece Verdade
Parana
G Golf Club
Boituva
Ataíde
Caio Reisewitz – Parece Verdade
Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro
Inauguração: 11 de janeiro de 2010, às 19h
Exposição: 12 de janeiro a 03 de março de 2010
Entrada franca
Curadoria: Fernando Cocchiarale
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil Rio
Patrocínio: Banco do Brasil
O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro apresenta a partir do dia 11 de janeiro de 2010, para convidados, e do dia seguinte para o público, a exposição “Parece Verdade”, com cerca de 50 fotografias de Caio Reisewitz. Com curadoria de Fernando Cocchiarale, a exposição ocupará as salas do segundo andar do CCBB [B, C e D].
A mostra será uma panorâmica da trajetória de Caio Reisewitz, abrangendo os oito últimos anos da produção do artista, que rapidamente se tornou um dos mais destacados do cenário contemporâneo brasileiro. Será a primeira vez no Brasil que ele reúne esse conjunto de fotografias, das quais muitas estiveram em várias mostras no exterior. Um exemplo são as duas exposições simultâneas nas cidades de Vigo e Pontevedra, na Espanha, desde setembro até 18 de janeiro, consistindo também em um grande panorama de seu trabalho. As fundações espanholas Pedro Barrié de la Mez e RAC, que pela primeira vez trabalharam em parceria na realização dessas mostras, editaram um livro sobre Caio Reisewitz, com capa dura e 134 páginas, contendo texto crítico de David Barro.
“Parece Verdade”, no CCBB, Rio terá oito fotografias inéditas no Brasil, das quais uma, “Guanabara”, foi produzida especialmente para a mostra. As fotografias, que podem medir até 2,80m por 1,95m, também representam “um panorama do deslocamento” do artista, que fotografou na capital, no interior e no litoral de São Paulo, e também no Rio de Janeiro, Pará, Goiás, Distrito Federal [Brasília] e Paraná. Há ainda trabalhos realizados em Cartagena das Índias, Colômbia, Frankfurt, na Alemanha, e em Ushuaia, Argentina.
Para o fotógrafo, esta exposição é importante por propiciar uma “acumulação” de seu trabalho, e permitir uma reflexão em sua produção. “Para o artista é importante ver suas obras juntas, o que ainda não tinha acontecido comigo. Estou muito feliz com essa oportunidade”, diz. A exposição será acompanhada de uma bem-cuidada publicação, com as imagens da exposição e textos de Fernando Cocchiarale, Miguel Chaia e entrevista com o artista feita por Horácio Fernandez, um dos grandes especialistas de fotografia da Espanha.
PAISAGEM: NATURAL E CONSTRUÍDA
Uma das características do trabalho de Caio Reisewitz é o interesse pela paisagem, seja a natural, com cenas da natureza, ou a construída pelo homem, como o interior de igrejas barrocas ou frios espaços dos poderes legislativo e executivo.
“Existe a realidade como ela é, e a construída. O interior de uma igreja barroca, por exemplo, é uma obra de arte em si, plena de detalhes requintados. E também há cenas da natureza em que, apesar de ser uma realidade direta, ela é tão elaborada que você pode pensar que foi construída, ou teve algum tipo de montagem e manipulação, o que não ocorreu”, observa. Outro aspecto do trabalho do fotógrafo é a quase total ausência do ser humano. “Não é proposital, é um instinto”, diz. As exceções são fotos de 2002 em que usa a imagem de um amigo, Rufo, ou da menina Antonia, filha de outro amigo, único retrato, propriamente dito, da mostra.
Há uma outra vertente na pesquisa de Caio Reisewitz que é registrar a alteração, “ou destruição”, da natureza feita pelo homem. “Exemplos disso são os trabalhos ‘Bertioga’, ‘Goiânia VII’ e ‘Itaquequecetuba’”.
PARECE VERDADE
O título da mostra, “Parece Verdade”, remete a uma dupla percepção: à ideia de que a imagem natural é tão perfeita que parece manipulada, e à representação do real. Para Caio Reisewitz, por mais fiel à realidade que possa ser, a fotografia é sempre uma interpretação do real. “Há um espaço entre o real e o registro do real, que é o que me interessa. Entretanto, não deixa de ser uma interpretação da realidade”. Seu processo de elaboração da imagem se assemelha à construção buscada por um pintor paisagista, que trabalha a reprodução da realidade. Ele ressalta que busca, o mais possível, uma postura de neutralidade diante do que irá fotografar, para que a ação do fotógrafo seja a menos perceptível possível. O preparo da câmera é cuidadoso, leva pelo menos 15 minutos. “Uso uma forma direta, frontal, sem inserção de perspectiva ou luminosidade, de cara limpa”. Para ele, é justamente essa olhada neutra que permitirá ao espectador interpretar livremente o que vê. Por outro lado, Caio afirma que é um paradoxo fotografar na natureza situações que parecem construídas – ou adulteradas – tal a perfeição estética. Ele cita como exemplos as fotografias “Sapucaí”, “Butantã”, “Cubatão”, “Goiânia Golf Club”. “As pessoas acham que houve algum truque digital, alguma montagem”.
O artista fotografa tudo analogicamente em uma câmera Linhoff, de placa de negativo no formato 4 x 5 polegadas, correspondente a 9 x 12cm. Essas placas são escaneadas em altíssima resolução e ampliadas em um laboratório em Dusseldorf, Alemanha.
Caio Reisewitz nasceu em 1967, em São Paulo, onde vive e trabalha, e tem obras em importantes coleções públicas e particulares no Brasil e no exterior. Dentre as diversas mostras individuais e coletivas em que mostrou seu trabalho, Caio Reisewitz ocupou três andares da Casa de América, em Madri, durante o festival PhotoEspaña, em 2006, e participou das edições de 2005 da Bienal de Veneza – em que representou o Brasil, junto com o grupo Chelpa Ferro – e da Bienal Internacional de São Paulo. Descendente de alemães, cursou a Academia de Arte, em Mainz, Alemanha, onde também estudou na Fachobershule für Gestaltung e na Peter Behrens Schule, em Darmstadt, depois de ter estudado na Fundação Armando Álvares Penteado [FAAP], em São Paulo, em 1989. Em 2009, concluiu o mestrado na USP em poéticas visuais.
Serviço: Caio Reisewitz – Parece Verdade
Abertura: 11 de janeiro de 2009, às 19h
Exposição: 12 de janeiro a 03 de março de 2010
Entrada franca
Curador: Fernando Cocchiarale
Coordenação e Produção: Automática
CCBB Rio de Janeiro
Rua Primeiro de Março, 66 – Centro
Tel: 21 3808.2020
De terça a domingo das 10h às 21h
Entrada franca
Assessoria de Imprensa: Sueli Voltarelli – 21 3808 2323
Mais informações: CW&A Comunicação
Claudia Noronha / Beatriz Caillaux / Marcos Noronha
21 2286.7926 e 3285.8687
claudia@cwea.com.br / beatriz@cwea.com.br /
G Golf Club
Boituva
Ataíde
Caio Reisewitz – Parece Verdade
Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro
Inauguração: 11 de janeiro de 2010, às 19h
Exposição: 12 de janeiro a 03 de março de 2010
Entrada franca
Curadoria: Fernando Cocchiarale
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil Rio
Patrocínio: Banco do Brasil
O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro apresenta a partir do dia 11 de janeiro de 2010, para convidados, e do dia seguinte para o público, a exposição “Parece Verdade”, com cerca de 50 fotografias de Caio Reisewitz. Com curadoria de Fernando Cocchiarale, a exposição ocupará as salas do segundo andar do CCBB [B, C e D].
A mostra será uma panorâmica da trajetória de Caio Reisewitz, abrangendo os oito últimos anos da produção do artista, que rapidamente se tornou um dos mais destacados do cenário contemporâneo brasileiro. Será a primeira vez no Brasil que ele reúne esse conjunto de fotografias, das quais muitas estiveram em várias mostras no exterior. Um exemplo são as duas exposições simultâneas nas cidades de Vigo e Pontevedra, na Espanha, desde setembro até 18 de janeiro, consistindo também em um grande panorama de seu trabalho. As fundações espanholas Pedro Barrié de la Mez e RAC, que pela primeira vez trabalharam em parceria na realização dessas mostras, editaram um livro sobre Caio Reisewitz, com capa dura e 134 páginas, contendo texto crítico de David Barro.
“Parece Verdade”, no CCBB, Rio terá oito fotografias inéditas no Brasil, das quais uma, “Guanabara”, foi produzida especialmente para a mostra. As fotografias, que podem medir até 2,80m por 1,95m, também representam “um panorama do deslocamento” do artista, que fotografou na capital, no interior e no litoral de São Paulo, e também no Rio de Janeiro, Pará, Goiás, Distrito Federal [Brasília] e Paraná. Há ainda trabalhos realizados em Cartagena das Índias, Colômbia, Frankfurt, na Alemanha, e em Ushuaia, Argentina.
Para o fotógrafo, esta exposição é importante por propiciar uma “acumulação” de seu trabalho, e permitir uma reflexão em sua produção. “Para o artista é importante ver suas obras juntas, o que ainda não tinha acontecido comigo. Estou muito feliz com essa oportunidade”, diz. A exposição será acompanhada de uma bem-cuidada publicação, com as imagens da exposição e textos de Fernando Cocchiarale, Miguel Chaia e entrevista com o artista feita por Horácio Fernandez, um dos grandes especialistas de fotografia da Espanha.
PAISAGEM: NATURAL E CONSTRUÍDA
Uma das características do trabalho de Caio Reisewitz é o interesse pela paisagem, seja a natural, com cenas da natureza, ou a construída pelo homem, como o interior de igrejas barrocas ou frios espaços dos poderes legislativo e executivo.
“Existe a realidade como ela é, e a construída. O interior de uma igreja barroca, por exemplo, é uma obra de arte em si, plena de detalhes requintados. E também há cenas da natureza em que, apesar de ser uma realidade direta, ela é tão elaborada que você pode pensar que foi construída, ou teve algum tipo de montagem e manipulação, o que não ocorreu”, observa. Outro aspecto do trabalho do fotógrafo é a quase total ausência do ser humano. “Não é proposital, é um instinto”, diz. As exceções são fotos de 2002 em que usa a imagem de um amigo, Rufo, ou da menina Antonia, filha de outro amigo, único retrato, propriamente dito, da mostra.
Há uma outra vertente na pesquisa de Caio Reisewitz que é registrar a alteração, “ou destruição”, da natureza feita pelo homem. “Exemplos disso são os trabalhos ‘Bertioga’, ‘Goiânia VII’ e ‘Itaquequecetuba’”.
PARECE VERDADE
O título da mostra, “Parece Verdade”, remete a uma dupla percepção: à ideia de que a imagem natural é tão perfeita que parece manipulada, e à representação do real. Para Caio Reisewitz, por mais fiel à realidade que possa ser, a fotografia é sempre uma interpretação do real. “Há um espaço entre o real e o registro do real, que é o que me interessa. Entretanto, não deixa de ser uma interpretação da realidade”. Seu processo de elaboração da imagem se assemelha à construção buscada por um pintor paisagista, que trabalha a reprodução da realidade. Ele ressalta que busca, o mais possível, uma postura de neutralidade diante do que irá fotografar, para que a ação do fotógrafo seja a menos perceptível possível. O preparo da câmera é cuidadoso, leva pelo menos 15 minutos. “Uso uma forma direta, frontal, sem inserção de perspectiva ou luminosidade, de cara limpa”. Para ele, é justamente essa olhada neutra que permitirá ao espectador interpretar livremente o que vê. Por outro lado, Caio afirma que é um paradoxo fotografar na natureza situações que parecem construídas – ou adulteradas – tal a perfeição estética. Ele cita como exemplos as fotografias “Sapucaí”, “Butantã”, “Cubatão”, “Goiânia Golf Club”. “As pessoas acham que houve algum truque digital, alguma montagem”.
O artista fotografa tudo analogicamente em uma câmera Linhoff, de placa de negativo no formato 4 x 5 polegadas, correspondente a 9 x 12cm. Essas placas são escaneadas em altíssima resolução e ampliadas em um laboratório em Dusseldorf, Alemanha.
Caio Reisewitz nasceu em 1967, em São Paulo, onde vive e trabalha, e tem obras em importantes coleções públicas e particulares no Brasil e no exterior. Dentre as diversas mostras individuais e coletivas em que mostrou seu trabalho, Caio Reisewitz ocupou três andares da Casa de América, em Madri, durante o festival PhotoEspaña, em 2006, e participou das edições de 2005 da Bienal de Veneza – em que representou o Brasil, junto com o grupo Chelpa Ferro – e da Bienal Internacional de São Paulo. Descendente de alemães, cursou a Academia de Arte, em Mainz, Alemanha, onde também estudou na Fachobershule für Gestaltung e na Peter Behrens Schule, em Darmstadt, depois de ter estudado na Fundação Armando Álvares Penteado [FAAP], em São Paulo, em 1989. Em 2009, concluiu o mestrado na USP em poéticas visuais.
Serviço: Caio Reisewitz – Parece Verdade
Abertura: 11 de janeiro de 2009, às 19h
Exposição: 12 de janeiro a 03 de março de 2010
Entrada franca
Curador: Fernando Cocchiarale
Coordenação e Produção: Automática
CCBB Rio de Janeiro
Rua Primeiro de Março, 66 – Centro
Tel: 21 3808.2020
De terça a domingo das 10h às 21h
Entrada franca
Assessoria de Imprensa: Sueli Voltarelli – 21 3808 2323
Mais informações: CW&A Comunicação
Claudia Noronha / Beatriz Caillaux / Marcos Noronha
21 2286.7926 e 3285.8687
claudia@cwea.com.br / beatriz@cwea.com.br /
1 Comments:
Pessoal,
Gostaria de convidar a todos para a 3ª Maratona Fotografica de Pirenópolis, em Goiás. Mais informações www.pireneus.org.br/maratona
Abs
Equipe da Maratona
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