ARQUITETURA DO MEDO
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Aguardo você para um brinde comigo, na abertura da minha Exposição "Arquitetura do Medo" no Centro Cultural dos Correios".
Coquetel: Dia 29 de Abril, a partir das 19 horas
Abraço
André Gardenberg
ANDRÉ GARDENBERG INAUGURA ‘ARQUITETURA DO MEDO’
NO CENTRO CULTURAL DOS CORREIOS
Exposição é a segunda parte da trilogia iniciada com
‘Arquitetura do Tempo’, com foco no homem contemporâneo
A violência urbana criou uma nova estética nas cidades. Modernidade e barbárie coabitam o mesmo espaço, com a incorporação de elementos semelhantes aos hábitos medievais de defesa. Mudou não apenas a estética. O homem também se modificou. Ciente da nova realidade, o fotógrafo André Gardenberg voltou suas lentes para essa questão urbano-humanística e, com ‘Arquitetura do Medo’, dá continuidade à sua investigação sobre temas que envolvem a existência humana no mundo contemporâneo. A abertura da exposição será no dia 29 de abril, no Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro. Em 7 de junho, a mostra chega à Pinacoteca do Estado, em São Paulo.
Com curadoria de Diógenes Moura, ‘Arquitetura do Medo’ é a segunda parte da trilogia de André Gardenberg, que foca no homem contemporâneo. Seu primeiro trabalho, ‘Arquitetura do Tempo’, mostrou ao público sua visão sobre o envelhecimento nos dias de hoje, trazendo à tona o eterno conflito da vida x morte e a inútil tentativa de parar o tempo.
A nova exposição reúne 80 fotos coloridas de André Gardenberg realizadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife. Através delas, o artista traça um painel da estética das grades, misto de adorno e proteção que a partir das últimas décadas do século passado foi se incorporando à paisagem da arquitetura brasileira. “As imagens selecionadas nos dão a sensação de vermos o mapa do Brasil de cima e percebermos que ele está enjaulado”, define Diógenes. “Tento retratar todas essas barreiras, grades e cercas que, ao invés de proteger a sociedade, acaba por aprisioná-la atrás de si. Por meio desse recorte da realidade é possível enxergar uma nova cidade, aflita e aprisionada pelo medo”, resume André.
“A exposição é uma série de imagens que agonizam tanto quanto a violência que se estabelece nas cidades. Ela sangra”, enfatiza Diógenes. “Anos e anos de desequilíbrio social não poderiam deixar de produzir uma sociedade que precisa se proteger de forma obsessiva”, observa André.
As fotografias, emolduradas, criam um painel visual organizado a partir de dois enfoques distintos: a vertente humanista e outra que aponta para o grafismo. Todas as imagens foram feitas nas ruas dessas quatro cidades. “Ao se colocar em campo o próprio fotógrafo também ficou acuado, o que dá uma dimensão maior ao material coletado”, afirma Diógenes.
‘Arquitetura do Medo’ ocupará três salas do Centro Cultural dos Correios, com pouca iluminação e cenografia, justamente para valorizar as imagens da exposição. “A fotografia do André justifica-se por si só”, enfatiza Diógenes.
As fotos retratam não apenas as cidades, mas também pessoas, animais e coisas. “Tudo está aprisionado”, revela Gardenberg. A disposição não propõe uma separação espacial ou uma seleção através dos objetos retratados. “Fiz questão de misturar tudo, para que o visitante percorra essa trilha preocupado unicamente com a imagem. Ela é o centro”, resume Diógenes.
As fotografias revelam ainda modelos diferentes de grades e formas diversas de aprisionamento, traçando um painel de como o homem está atuando diante dessa violência. Como desdobramento da exposição, será criado e confeccionado um livro de fotografias, em parceria com a editora Cosac Naify.
Para André Gardenberg, ‘Arquitetura do Medo’ lança ainda outra questão: “Quem é o verdadeiro algoz? Quem é a verdadeira vitima? Essa situação se apresenta quase indissolúvel dentro desta sociedade caótica”. Diógenes acrescenta: “Não existe uma discussão urbana, há uma banalização da violência. É preciso fazer uma reflexão: onde vamos parar?”.
“Precisamos, todos, sair da prisão”, arremata André.
André Gardenberg
Nascido em 1956, em Salvador (BA), mudou-se para o Rio de Janeiro em 1975, cursando a Faculdade de Jornalismo na Universidade Estácio de Sá (RJ), de 1974 a 1978. Durante os anos do curso superior, começou a interessar-se pela fotografia, realizando alguns trabalhos documentais. Especializou-se em fotos de imagens em movimento, trabalhando por alguns anos com esporte, para, em seguida, se dedicar a trabalhos ligados a dança, teatro, cinema, música. Em 2001, cria o conceito de sua primeira exposição, ‘Arquitetura do Tempo’, na qual busca subverter o código da moda e da indústria de beleza, que tratam as rugas como restos de vida que devem ser extirpados, escondidos ou transformados.
‘Arquitetura do Tempo’ foi exibida no Centro Cultural Correios do Rio de Janeiro, de Salvador, e no Museu da Imagem e do Som de São Paulo, em 2005.
1 Comments:
Obrigado pela divulgação
Abs
Andre
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